sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Querido Leitor



Daí, que o Guilherme foi um cara muito legal e contou o que acha do que lê aqui (obrigada, porque eu nunca sei). E eu fiquei pensando se concordava com ele quando diz que não dá pra generalizar o amor. Acho que o próprio nome do blog já responde: falar de amor é fácil, difícil é pagar as contas. Acho que todo mundo consegue se identificar um pouquinho quando houve uma história de amor ou de um pé na bunda. Porque, generalizando (sim), amor pode fazer mais feliz ou deixar sem rumo. É um sentimento que quase todo mundo entende (tem gente que não tem coração). Mas acaba aí. Cada um sente de um jeito e cada um sabe o quanto se esforça por um relacionamento. Por isso que o difícil é pagar as contas...

Eu imagino que quem lê o blog às vezes encontra aqui alguém que passa pelas mesmas dificuldades de achar e manter um relacionamento ou de superar um coração partido. O que está postado é, claro, pessoal. Do que já vivi, senti, chorei ou acompanhei. É apenas uma tentativa de resolver uma aflição minha, que, pelo visto, se parece com a de muita gente. E eu adoraria ter respostas, ler mentes e prever o futuro. Ou então também não ter coração. Isso sim seria bem mais fácil que falar de amor.

Realmente, não dá para generalizar, cada cara que aparece traz consigo uma dúzia de esperança e uma tonelada de dúvidas. E parece que a gente não aprendeu nada com a vida anterior, porque tudo é diferente ou a gente quer que seja. Mas a dor, a dor é sempre dor.

E eu concordo com você, Guilherme, se vamos sofrer, melhor nos divertirmos antes. Tem horas que a gente quer tanto ter alguém por perto que é melhor parar e tentar se entender. Melhor botar o pé no freio, porque esse desespero por ter alguém faz a gente acabar achando que qualquer um é aquele, quando é só mais um. E eu só quero um amor tranquilo, sem afobação, sem crise, que me deixe sem querer respostas. Talvez eu precise de sorte, como você me deseja, mas acho que preciso mais de calma.Quanto a você, espero que também consiga entender tudo sem precisar fazer nenhuma pergunta. E que seu coração não seja de papel para não ser levado quando chover em Londres. :)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

simples assim


Dia desses, eu escrevi sobre as fracassadas tentativas femininas de usar indiretas para fazer um cara perceber alguma coisa. Tá, o post não era sobre isso, mas uma frase sobre esse tema foi tirada de lá e gerou uma pequena discussão on-line sem muito futuro ou qualquer conclusão além da óbvia. Mas é porque homens são óbvios. Calma, só quis dizer que há mais clareza no que eles dizem. Basicamente, no minidebate virtual, os caras aconselhavam: “se somos tão pouco espertos, melhor falar exatamente o que quer” –o que não estou segura para fazer, por medo de ouvir o que não quero.

Considerando que homens são simples e óbvios, mulheres, precisamos parar de criar versões para os fatos. Fatos são fatos e, dizem, contra esses não há argumentos [Oh, Gosh, estou sendo tão clichê]. O ponto é: quando o cara diz que só quer sexo, é só isso. E se diz que gosta de transar com você, ele gosta de transar com você, não de você. Se gostar de você, ele vai dizer, mas não significa que ele quer ficar com você. Quando ele diz que não quer namorar, ele realmente não quer. Fim. Você pode ficar aí, pensando que ele quer sim, mas não é com você. Pode ser, mas o ponto continua sendo o mesmo, se você anseia por um relacionamento sério, não vai ser com ele. E se você não consegue separar amor de sexo, não fique com quem só quer sexo. Não vai mudar. Você não vai conseguir mudá-lo. Poupe-se do sofrimento, sim?

Voltando, não tente interpretar sinais de forma diferente do que se parecem. Não tente enxergar além. Recentemente, conheci um cara e fomos jantar, não foi um ‘date’, apenas uma casualidade. Pra mim, foi mágico. Era como se nos conhecêssemos há anos! Mas só pra mim. Então, ele ficou uns dias sumido e sem falar comigo. Precisava de mais? Precisava. Sabendo que, daqui 60 anos não faria a menor diferença, tentei marcar outro encontro, e a resposta ao convite foi: “não fique chateada, mas, como amigos, podemos marcar”. Eu entendi e tirei meu time de campo. Claro, que fiquei chateada e tal. E, sim, adoraria ter um homem genial –e sábio- como ele como amigo, mas também não era o que eu queria e, por mais que me esforçasse, não o faria mudar de ideia.

O que quero dizer é que não vale gastar energia com todo cara que aparece. Tá bom, sentar e esperar talvez não sejam a solução, mas o cara que estiver interessado em você vai dar indícios ULULANTES disso. Só espero que tenha mais sorte que eu, e que também esteja interessada nele.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Tudo vai ficar bem, prometo


Lembro de quando cheguei às páginas finais de “Mongólia”, do Bernardo Carvalho, enrolei dias e dias até o último ponto. O livro era tão bom que não queria que acabasse. Términos de namoro podem ser assim, meu caro. Por outro lado, pode ser um alívio igual terminar um daqueles livros da leitura obrigatória da Fuvest, sabe? Enquanto em alguns momentos é evidente por que não podemos mais ficar com alguém, em outros, não dá para entender por que fomos deixamos. E dói, né? E a sentimos saudade, né? E a gente quer ligar e não pode, quer estar perto e não pode, quer sentir e não pode.

Quer dizer, eu não acredito em felizes para sempre, mas...

Não há nada que eu possa fazer pelo seu coração partido se nem o meu eu consigo reparar direito. E eu poderia dar milhares de conselhos, os quais provavelmente você já ouviu antes –a única coisa que não diria nunca é “se ela te deixou é porque não te merecia”.  Mas se você quiser ficar em casa, encarando o teto do quarto, é isso que vai fazer (caras fazem isso?) ou você poderia sair por aí atrás de rebotes (isso caras FAZEM). Eu sei lá. Às vezes demora, mas passa. Ah, eu tenho certeza. Não, não quer dizer que vai ter final feliz –o copo está sempre meio vazio-, mas vai ficar tudo bem. (:

E vale o que eu já disse uma vez para Blue Eyes:

Também diria para nunca mais falar com ela, para esquecer o número do telefone, a data de aniversário, o endereço e a comida preferida. Mas a gente insiste em querer saber do outro, justifica que só quer saber se ele está bem, porque só quer o bem do outro. Mentira, a gente quer saber se ele está sofrendo tanto quanto a gente; a gente quer ter mais motivo para sofrer, para justificar a dor (...).
(...) Não importa o que você faça, até você ser feliz de novo, a dor do coração partido vai continuar aí. Uma vez um amigo disse que nem o Wander Wildner, que é o cara mais legal do mundo (sic), consegue ser alegre o tempo inteiro.





Post completo aqui:  Se conselho fosse bom...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Não é você... nem sou eu

Por que mesmo nos apaixonamos pelo semidébil que se acha o máximo? Por que não o cara charmoso, que não cansa de listar tudo o que gosta em nós e que, para completar, tem pegada? [tudo bem que sempre acho que se me apaixonasse pelo segundo, no fim, também não ia dar em nada] Não tem explicação, já me disseram. Assim como não tem explicação eles não se apaixonarem de volta. E não tem explicação mesmo.

"Tem alguma coisa errada comigo. Qual o meu problema?", você se pergunta. Não há nada de errado nem problema algum. Quer dizer, você poderia mudar a cor de seus cabelos, ter peitos enormes, aprender a gostar de futebol ou ter um QI igual ao do Roger Moreira, nada disso faria diferença: ruiva e com 500 ml de silicone, você ainda continuaria sendo quem é, não quem ele quer. O que há de errado com aquele cara charmoso? Nada, né? Então.




Eu sei, eu sei. Fácil seria ter algo para consertar, era só marcar hora no salão (ou  no cirurgião) ou contratar um professor particular para te explicar por que energia é igual a massa vezes velocidade da luz (no vácuo) ao quadrado. Mas quando não há nada de errado, só resta jogar a culpa no universo -WHY SO ENGRAÇADINHO, SERIOUSLY?-, na falta de sorte e no acaso. Só posso podemos sinceramente esperar que uma hora haja comburente e combustível suficientes para a faísca virar explosão. Ou então, sair com o cara charmoso com pegada e que te quer bem, né?