domingo, 8 de dezembro de 2013

She's standing right in front of you. Can't you see?

Para chamar sua atenção, ela aprendeu sobre esportes que não a interessavam, ouviu discografias inteiras de bandas que antes nem sequer faziam parte de seu repertório, leu notícias sobre assuntos aleatórios, googlou temas para poder manter a conversa viva. Como uma criança que sempre estende a mão para dar a resposta à pergunta feita pela professora, ela erguia e balançava o braço e pedia: "me note, me note, me note".
Ela não queria ser outra pessoa, apenas uma versão mais compatível com ele. Foi em vão; e esse foi o melhor desfecho para a história. Em vez de sentir-se fracassada, sentiu-se livre da obrigação de ter pensar o tempo todo em como se comportar. Podia simplesmente escutar o que gostava e parar de fingir ter assistido àquele filme clássico (que seria uma obrigação), comportar-se da forma com sua própria natureza mandasse.
Pensa se um relacionamento desses vai pra frente? Quando ela ia poder relaxar? Quando ela ia para de ter medo de ser uma 'fraude'?
Não deixou de gostar dele em um piscar de olhos, simplesmente desistiu de tentar impressionar. Percebeu que faltava segurança para ser surpreendente do jeito dela. Talvez ela não encontre alguém tão fácil assim, talvez ela não mereça por lhe faltar autoconfiança, talvez ela simplesmente deva parar de pensar em um monte de talvez. Uma coisa é fato: ficar com o braço erguido, uma hora, cansa. :/