segunda-feira, 25 de abril de 2011

Make it simple

É engraçado. Querem que você conheça alguém interessante. Querem que você se apaixone. Daí querem que a pessoa a quem você dedica horas perdidas de seus pensamentos também se apaixone de volta. Daí querem que vocês namorem, que estejam sempre grudados, que suspirem o nome um do outro. Daí querem noivado, casamento cafona, lua-de-mel em Paris, cachorro, filhos, férias na Disney. 

as melhores histórias podem ser aquelas que não terminam no altar
Decidiram que é melhor se apaixonar que se divertir. Decidiram que você tem de fazer tudo com o propósito de ter um relacionamento estável e duradouro. Decidiram que esse presta e aquele não. Decidiram a pessoa com quem você vai se casar. Decidiram que vai ser assim. Decidiram as suas decisões.

Por que tudo tem de ser tão definido? Tão determinado pelos outros? Por que tudo tem de ser promissor, o futuro da pessoa e seu futuro com a pessoa? Por que tudo tem de ser mais do que parece ser? As coisas são o que são, nem tudo precisa de nome, sobrenome e história com começo meio e fim.

Ficar mais esperando do que fazendo qualquer coisa minimamente prazerosa na nossa vida parece totalmente sem sentido para mim. Ou mesmo, ok, se a coisa tem futuro, a energia mental que se consome pensando se vocês vão se ver de novo é em vão. Por mais que ele vá te ligar no dia seguinte e no dia depois do dia seguinte de novo, ele não vai fazer isso graças ao seu pensamento obsessivo-compulsivo doentio. E você não vai recuperar as sinapses gastas com os “e se”, mas com certeza vai se arrepender quando não durar...

E por que você quer tanto que ele te ligue amanhã? Ou melhor, por que mesmo você quis que todos os caras com quem já saiu na vida te ligassem? Pensa bem. É ridículo.

Deixa ser enquanto for bom, mas sem esperar o que não se pode prever e o que não se pode esperar. A pessoa certa na hora certa não é necessariamente aquela com quem você vai se casar,  é aquela que se encaixa às suas necessidades e vontades de um momento específico. A hora certa por durar anos e pode acabar em cinco, quatro, três, dois, puf. Pode ser tão intenso que você nem terá tempo de entender direito o que aconteceu.

Tenha em mente que nada dura menos do que tem de durar. O problema é quando dura mais, quando passa o prazo de validade, e a gente fica com aquela dó de jogar fora, igual a resto de sabonete que a gente gruda no novo.