sexta-feira, 27 de julho de 2012

Summer x Juno x Eu!?


Eu não sou uma garota normal. Primeiro que nem garota eu sou mais. Enfim, eu não sou uma mulher normal. Não por ser louca, embora também seja, mas no sentido de que há várias coisas muito legais a meu respeito que me garantem um 'jeito' único. Ok, eu não sou a Zooey Deschanel, a ordinary girl menos ordinary que Hollywood já viu; não tenho aqueles olhões claros, não sei cantar nem toco ukulele (ou qualquer outra coisa), não sei pintar as unhas sozinha como ela.

Com a maior modéstia, nunca achei que eu fosse lá uma garota 'normal', mas também nunca pensei 'nossa como sou sensacional'. Essa história começou com uma foto da Zooey -da Summer, na verdade- compartilhada por um amigo na minha timeline e que levava a esse post do Papo de Homem. Basicamente, uma listinha de personagens de filmes por quem os homens, ou só o Fred Fagundes, facilmente se apaixonariam na vida real. No post, o Fred fala que o legal é mulher de 'atitude', embora só tenha escolhido mulheres muito bonitas. Aham. Legal.

Ninguém pode ser mais eu mesma do que eu. Gostar das coisas da cultura pop de massa, de filmes de zumbis e de terror B, de rock'n'roll e funk carica, viagens, albergues e conforto, brigadeiros. Ser destemperada e fazer ioga. Sem ter vergonha de assumir. É esse monte de contradições que tornam as mulheres únicas, eu e tantas outras INTERESSANTÍSSIMAS que se tem por aí. Quem não tem gostos incompatíveis e conflitantes nunca vai ter a capacidade de surpreender. Eu não sou a Summer, a Penny Lane, a Juno ou a Charlotte, eu sou melhor que elas. Simplesmente porque eu sou REAL.

Mas o que se vê por aí não são homens atrás de atitude, mas de bonecas infláveis. Sei lá, vai ver é porque é mais fácil ficar com essas moças de fabricação em série, não exige muito esforço mudar para outra quando se é trocado. Ter alguém que não concorda com você o tempo todo dá trabalho. Você vai ter de pensar (ouch!). Talvez as mulheres tenham ficado cada vez mais parecidas pelo medo de serem diferentes e não serem aceitas. Os homens ficaram iguais também.

Só quero deixar claro que não é só playboy atrás da mulher plastificada, tem muito -MUITO- nerd por aí querendo um trófeu para exibir. Eu nunca serei um troféu. Vão dizer que nunca serei tão bonita ou tão magra para ser um, verdade verdadeira, e eu concordo. Mas eu não quero ser um objeto, por mais valioso que seja, assim como não quero ser uma fruta. Quero me achem bonita, sim, gostosa, sim, mas prefiro muito mais que me achem problemática, engraçada e única.

A música da minha plastificada preferida (eu gosto, gente!)

terça-feira, 17 de julho de 2012

Só um pouquinho de romance

Eu realmente não me importo se tava na cara que um era viral. Tá, a Fernanda não existe. Quer dizer, não a Fernanda que a gente queria que existisse. Menos ainda o Daniel. Talvez as pessoas tenham compartilhado, assim como eu compartilhei o 'perdi meu amor na balada', por a ideia do amor romântico ser um desejo próximo ou talvez porque queriam alertar a Fernanda de que era melhor ela fugir, que o Daniel é louco.

Me perguntaram: e se você fosse a Fernanda o que ia achar? Isso não tem uma resposta, poderia considerar Daniel um louco e correr para a delegacia mais próxima para impedir que ele chegasse perto de mim ou poderia me derreter. A pergunta é: eu também me apaixonei por ele? É isso que muda tudo, bota o filtro cor-de-rosa que transforma as coisas mais bobas em 'uón' e outras onomatopeias.

A gente fica mesmo abobalhado quando se apaixona. Ok, ninguém precisa sair por aí fazendo loucuras de amor, mas nem por isso precisa desacreditar no romance. Se você nunca fez uma cartinha de amor, se nunca se declarou e se expôs um pouquinho que seja, você é que precisa de ajuda. Serião.

Ok, temo o linchamento agora.

domingo, 15 de julho de 2012

Sem controle

Possivelmente um dos maiores problemas de relacionamentos é querer ser dono do outro. Achar que a pessoa está na sua gaveta, querer botar coleira, cabresto. Ninguém é nossa propriedade, e nós não somos propriedade de ninguém. Ok, há de se desconfiar de alguém que não sente lá um ciuminho que seja. mas isso é bem diferente de querer controlar a vida alheia.

Eu não entendo lá disso, mas amor não é uma coisa que pode ser forçada, empurrada, não acontece sob pressão. A beleza de um relacionamento (saudável) é ter alguém do seu lado por vontade própria e sem justificativas, apenas com a certeza de que aquilo faz sentido naquele momento. Olha que legal: tem alguém aí louco o suficiente para querer estar com você! Ficar com alguém que não te quer faz dois infelizes.


Agora uma coisa nessa história é importante: honestidade. Deixe claro o que sente para não ser cobrado pelo que não pode entregar. Já parou para pensar que às vezes a gente também se deixa sufocar? Ser honesto não é ser fiel, tem a ver com sentimento e expectativa. Tem a ver com cuidar para que um não machuque muito o outro, já que sair ileso é meio impossível. Relacionamentos pressupõem confiança, é melhor ficar sozinha do que ser atormedada...