terça-feira, 25 de outubro de 2011

Soletre


Bom. A ideia de se declarar para alguém parece loucura para mim, eu já falei sobre isso no post "O cupido erra o alvo", do começo deste ano. Loucura. Não dá para sair contando que a outra pessoa também vai estar apaixonada por você. E os dois vão ficar numa posição constrangedora. Acredite, receber uma declaração de amor e dizer que não corresponde também não é muito legal. Vou dizer, de novo: isso só termina em beijo nos filmes.

E já que estamos falando de blockbusters mesmo, "Friends with Benefits", com Justin Timberlake e a linda Mila Kunis, e "Something Borrowed", com a chatinha da Ginnifer Goodwin, me deixaram com a mesma impressão: você precisa demonstrar interesse CLARAMENTE. Precisa dizer c-o-m--t-o-d-a-s--a-s--l-e-t-r-a-s. Entendo perfeitamente que estou me contradizendo, então, o negócio é saber qual é a medida para não parecer loucura. Trick. Ou, pelo menos, seja sincera quando perguntada. Não sei, talvez o cara não tenha te visto de outra forma a não ser como amigo porque achou que você nunca tinha pensando sobre isso. E, daí, ninguém se permitiu. Sei lá. Mulheres soltam indiretas o tempo todo, e os homens não são espertos o suficiente para entender -é o que dizem. Descubra o que quer, depois, deixe claro (aprendi do jeito difícil que, se não for assim, não vão te levar a sério nem para andar de mãos dadas no Central Park). Picolé de limão não satisfaz quando você quer o de chocolate. ;)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dá vontade de sumir


Definitivamente não tenho a receita mágica para “trazer a pessoa amada em cinco dias” ou mesmo para “encontrar alguém para amar” ou qualquer outra variação que faça uma ou um virar um casal. Definitivamente não tenho essa receita. Também não arrisco dizer que não existe uma fórmula mágica, porque a gente vê uns casos por aí que nos fazem acreditar que só pode existir fórmula mágica INFALÍVEL, néam?

O universo -why so engraçadinho?- resolveu que tenho outra receita para aprender: a do desapego. E toda vez é igual, e com todo mundo é igual. Primeiro porque acabamos nos apegando sem critério ao cara de cabelo comprido e camisa flanelada, ao intelectual blasé, ao que acha que pode te tratar como qualquer uma, à que não entende suas piadas, à que se comporta como louca. Ahnn... nada disso importa agora que você tem de desapegar... Ou talvez atudo isso importe, já que você tem de desapegar. Aí, tá vendo como é difícil?

Fato é que não tornam sua vida fácil nem depois do pé. Fato é que essas pessoas não colaboram. THEY KEEP COMING BACK. "Só pode ser para me torturar", você pensa. Não. A pessoa está garantindo sua disponibilidade quando ela estiver sozinha -e todo mundo faz isso, até você. Não dá para bloquear as pessoas no mundo concreto, e elas também não vão desparecer. Chega uma hora, que a gente é que precisa desaparecer.

"Covardia! A gente tem de encarar." Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá. Não, ninguém precisa se submeter a um sofrimento. Não precisa fingir amizade nem que o novo casal não incomoda. Incomoda, dói e a gente perde o ar. Desparecer é autopreservação. É cuidar da sua vida. Vai, vai cuidar da sua vida, o outro não tá cuidando da dele? Você vai ficar assistindo?