...difícil é pagar as contas
falar de amor é fácil...
terça-feira, 17 de abril de 2018
Quer cuidar da minha vida?
Daí acham que você é assim. É a "ovelha negra", família, da turma. Mas lá no fundo, tá mais pra uma carneirinha que se perdeu do rebanho e não acha o caminho de volta (que comparação mais tosca).
Tudo é meio de cabeça pra baixo. Tentar colocar ordem em todo esse caos, me deixa em constante estado de ansiedade. Tem dia que acordo sem saber se vou chegar até a noite sem infartar. E certamente todos os dias começam com a expectativa de lágrimas.
Se por um lado eu não lido com problemas com filhos como meus amigos, lido com situações que eles não sabem como é passar ainda. Ainda que não tenha 'constituído família', passo muita situação familiar que ninguém que conheço precisou passar.
Daí no meio de tudo isso, estar apaixonada, parece sem sentido. Não dá pra ser adulta, vivendo nessa bagunça, e gostar de alguém. Porque eu não posso me dar ao luxo de sentir como eu sentia com 15 anos. Enquanto minhas amigas trocam fraldas, eu troco mensagens (rs). Enquanto elas se preocupam se são boas mães (vocês são, e eu já estou aprendendo muito antecipadamente com vocês), eu me preocupo em conquistar (e definitivamente não faço um bom trabalho). É ridículo. Alguém da minha idade não devia mais pensar nisso. Daí, eu tô escrevendo isso e pensando: "que ridículo, você devia se preocupar com a sua avó". Verdade. E também não devia mais me apaixonar, porque eu acho, sim, que já passou da idade.
Nada está onde supostamente deveria. É a gente nem falou do trabalho... rs então, se alguém quiser tomar conta da minha vida, tá aí, porque certamente você vai fazer um melhor trabalho do que eu.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Não vai ser perfeito
Eu vou continuar saindo pra dançar sozinha. Você vai a shows dessas bandas hipsters demais para mim e l me ensinar a jogar videogame, mas I’m a hopeless case e sempre vou preferir assistir a qualquer série no Netflix.
Vamos jantar no restaurante japonês porque você gosta (e eu sou muito legal) e passar o fim de semana em Atibaia sem fazer nada (só para me agradar). Ficaremos horas conversando sobre assuntos que só fazem sentido pra nós, ou nem isso.
Talvez a gente tenha um cachorro ou dois, mas você vai querer um de uma raça diferente e eu vou querer um sem. E vamos brigar porque você é um tremendo de um arrogante às vezes e eu uma drama queen.
Porque tantas vezes pareceu que a gente combinava, mas é bem verdade que não temos nada a ver. Mas vamos juntos ao cinema na estreia o novo filme do Wes Anderson, porque, poxa, tínhamos de combinar em alguma coisa. E toda vez que formos assistir a The Walking Dead você vai rir, porque tapo o olho com a mão e vejo a cena pelos vãos dos dedos. E teremos um plano de sobrevivência ao apocalipse zumbi.
E não vai ser perfeito, porque a gente vai preferir que seja divertido.
domingo, 11 de maio de 2014
A história mais triste que contei
Não se já contei de onde veio a ideia pro nome do blog. Foi de uma viagem que fiz com meus amigos, quando todos éramos jovens, despreocupados e cheios de esperança. Estávamos em uma feijoada com samba, e depois de uma música romântica, o cantor, um negro alto e muito atraente, disse exatamente isso: "falar de amor é fácil, difícil é pagar as contas". Nunca mais saiu da minha cabeça. Assim como quando o professor de literatura do 3° ano, disse, com os braços apoiados na lousa: "daí o cara está apaixonado e diz que vai casar, e você pergunta do que ele vai viver, e ele responde: 'de amor'".
Eu não lembro mais o motivo que me levou a escrever esse blog. Talvez um pouco de inveja de casais apaixonados e um pouco de desdém também. Talvez eu o tenha criado para falar mal dos caras que me rejeitaram e para escrever as declarações que nunca chegaram aos ouvidos de quem gostaria. Quer dizer, algumas até chegaram, mas não tiveram os efeitos desejados.
Foi muita pretensão minha querer falar sobre um assunto sobre o qual não tenho nenhum domínio. Nenhum mesmo. Eu não estou habilitada a dar conselhos amorosos de qualquer espécie. E vocês não deviam levar em consideração nada do que foi escrito aqui. Nem mesmo se é um dos caras para quem escrevi (você tinha dúvidas que era sobre você?), possivelmente fui injusta. E fui dura, mais ainda comigo.
A verdade é que escrever nesse blog tem sido tão difícil quanto pagar as contas -e olha, que está complicado, viu. A verdade é que eu já não tenho mais histórias para contar, que elas ficaram velhas, assim como eu. A verdade é que não há ninguém sobre quem eu queira contar. A verdade é que por mais que tenha visto tantas lindas histórias de amor... Algumas pessoas amam, sem ser amáveis ou amadas.