quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Prazer em não conhecê-lo...

"Você é diferente, é especial, única."  Ahhhhh! E ele ainda é bonitinho... Pronto. Bastam cinco minutinhos de charme e de conversa mole para se apaixonar e começar a desenhar coraçõezinhos com as iniciais de seus nomes em todo e qualquer pedaço de papel que aparece na sua frente.

O céu é mais azul; o Sol, mais brilhante; e a Lua está sempre cheia. Tudo ganha um filtro cor-de-rosa. Não precisa ser uma paixão dessas de enlouquecer -dessas de dormir, sonhar, acordar, comer, tomar banho pensando nele. Uma paixãozinha leve, mas que ao menos uma vez por dia você pense: "e se encontrá-lo?"

PARA TUDO AGORA.

Sério. Quem é esse homem pelo qual nos apaixonamos tão fácil? Você não o conhece. Ok, tem o charme, a pegada, o cheiro, blá, blá, blá... mas foram CINCO minutos. Que fossem dez minutos ou dois dias... Se ele não quiser, você não vai ficar sabendo quem ele é; ele também não está interessado em saber quem você, o interesse é outro.
 
Tá bom. Mesmo assim, coraçõezinhos continuam sendo desenhados em quaisquer pedaços de papel. Ele te engana, mente para você, inventa histórias. Pode fazer o que quiser, afinal, quem é ele? E você nem pode culpá-lo, pois, no fim das contas, não existe um relacionamento acontecendo (é, xuxu, é coisa da sua cabecinha).

Pior que se apaixonar por um total desconhecido é continuar apaixonada quando ele vira um canastrão, quando não dá mais para ignorar as falsas histórias dele. A única explicação para isso é que falta homem real e interessante nesse mundo. 
 
 
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