quarta-feira, 24 de abril de 2013

I'll be dancing with myself

Eu estou desfilando com o estandarte do bloco do "eu sozinho". A ideia de morrer sozinha não -mais- me incomoda muito. O problema é passar todo esse tempo, até a morte, sozinha. Sabe? Até morrer com o gato e a samambaia? O importante é só ter alguém, um amigo, um irmão, um assistente social, que me ligue umas vezes por semana para se certificar que eu não estou lá, apodrecendo e incomodando os vizinhos.


Há uma ideia equivocada sobre como é horrível ficar sozinho. Ser sozinho é horrível. Ficar sozinho é necessário, faz parte, acontece com todo mundo. O medo de nunca encontrar alguém nos aterroriza toda vez que ficamos sem companhia para um programa qualquer. Pois bem, do alto da minha experiência em andar por esse mundo sem estar de mãos-dadas com alguém, eu pontuo:

- Um relacionamento não é a solução para seus problemas. Sua vida não é necessariamente melhor porque tem um par. Não fique em um relacionamento infeliz por medo de não ser feliz sozinho.

- Não aceite migalhas. Não se apegue a promessas vazias. Não comece a namorar só para ter companhia. Não ter namorado não significa que você não tem amigos.

- Não é saudável pular de um relacionamento para outro, na urgência de mostrar que pode fazer um relacionamento dar certo. Dizem que tudo acontece quando tem de acontecer.

- Finalmente, aceite ficar sozinho. Não como um estado imutável nem de forma pessimista.Começo a acreditar que tem um fundo de razão o clichê "aprenda a apreciar a própria companhia para os outros quererem estar ao seu lado".  Apenas siga adiante, aprenda a se divertir sozinho. Por que, se há uma vantagem em ser solteira, é poder fazer só e exatamente o que se tem vontade.

Se você não está convencida,  talvez, esse post do Buzzfeed te convença: 24 Most Underrated Parts of Being Single. Encerro com um desafio: assistir ao vídeo e testar algumas sugestões:



 (eu sempre danço sozinha, pagando mico e tudo mais, mas se você quiser, eu danço com você, tá?)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

As mentiras em que as mulheres acreditam

Nas últimas semanas li alguns textos sobre as mentiras que os homens contam, por que contam, por que estão errados ou certos, por que não prestam, por que isso não deveria ser levado a sério, por que as mulheres estão erradas ou certas. Se eu escrever que homens são canalhas por fazerem isso e não têm o direito de dizer que nós somos loucas, vai acontecer o seguinte: as garotas vão concordar, enquanto os caras vão dizer que é exagero. É uma daquelas diferenças irreconciliáveis entre os sexos.

É assim: homens mentem para conseguir o que querem, depois, somem. Não adianta fazer um estardalhaço em torno disso, acabamos, sim, parecendo loucas. Tá, tá, tá. É um comportamento condenável. Não dá para reclamar da cobrança de uma mulher quando não há honestidade sobre a natureza da relação. Mas não vai mudar, eles não vão mudar.  Queridas, meu primeiro conselho: SUPEREM.

Difícil entender o comportamento feminino (somos muito complicadas, assumo): por que acreditamos nas mentiras? De forma alguma somos pobres mocinhas frágeis, inocentes e indefesas. Pergunto de novo: por que acreditamos? Há quem diga que estamos ansiosas para achar logo o "cara certo", por isso caímos em qualquer ladainha. Deep in our hearts, não acreditamos, só gostaríamos acreditar, o que é quase a mesma coisa. Veja bem, não somos tolinhas, mas a grande maioria ainda é casadoira (não no sentido altar, buquê e bolo...) e acredita em romance. E, com esse monte de relacionamentos frívolos, que acabam mesmo antes de começar, seria um alento para os corações –cada vez mais– aflitos se, ao menos uma vez, a gente pudesse confiar que vai dar certo.

Mas responde: e se o cara for honesto, qual será sua reação? Ele vai continuar não prestando. E, por mais que entrem em um acordo sobre a natureza puramente sexual da relação, você vai over think anyway. Fazemos isso, repassamos nosso comportamento e o dele, os diálogos, para nos prepararmos para o que vai acontecer em seguida. Tentamos estar um passo à frente e acabamos sempre um passo atrás. É enlouquecedor!

A receita, simples de dar e difícil de seguir, é ir pelo caminho do meio. Não dá para acreditar em tudo o que dizem para a gente. Sem colocar muita expectativa, se achar que há uma chance de dar certo, tente. Lembre-se de ser leve, relaxar e abrir o peito. Uma hora aparece um cara, talvez não o 'certo', não o 'pra casar', mas o que vai viver uma aventura memorável com você. Dizem que é assim...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Lições que deveríamos ter aprendido no ano passado


1- A gente não escolhe: ele pode ter o gosto completamente diferente do seu, dizer que Beatles é igual a Restart (!), envelopar o carro  (O_o), e, mesmo assim, você se apaixona. Ou ele pode ser o cara perfeito, desses que abre a porta do carro e ri das suas piadas, e não despertar seu interesse.

2- Gostar dói muito: dói fisicamente quando não se é correspondido. E não igual a uma enxaqueca ou a uma gripe, que nos dá o direito de não nos sentirmos bem, precisamos engolir o choro, como diria meu pai, segurar a lágrima para não borrar a maquiagem e fingir que está tudo bem. Do contrário, seremos julgados de tolos, sensíveis.

3- Todo mundo sofre de amor: talvez não na mesma proporção, mas é difícil lidar com rejeição. Você não está sozinha, vem cá para eu te dar um abraço.

4- Cada um entende o que quer: quando colocamos na cabeça que uma história faz sentido, que seria um relacionamento perfeito já que há tanto em comum, não conseguimos aceitar que a outra pessoa não vê da mesma forma. Daí insistimos, fazemos bobagens, temos reações exageradas e ciúmes descabidos

5- É possível desapegar, só não é fácil: você entendeu o que quis e sofreu, mas pode se educar para acabar logo com essa história.

6- As pessoas deviam se apaixonar mais: precisa explicar?

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Apenas diga não

Bom. O Daniel foi lá e escreveu o post "Ele não está tão a fim de você", no Amor de Homem, mas eu já falei especificamente sobre o cara não estar interessado (leia aqui) e não vou me repetir. Tem outro assunto abordado pelo Daniel que vale um comentário: "Homens não dizem não. Talvez é 'sim'. Sim é 'sim, quero muito'." Bem, segundo ele, a ausência de negativa se justifica pela possibilidade, em um tempo remoto ou em momento de alcoolismo, tornar-se viável. Ah! E isso vale para todo cara.

Vamos falar sobre o "não" que coloca um ponto final em qualquer caso, lance, arranjo, relacionamento. O "não" decorrente de um sim anterior, seja para um beijo, um encontro, um cinema, um motel. A gente sabe que homens têm certa dificuldade em terminar as coisas e que preferem ir sumindo aos poucos até a mulher não aguentar mais a situação. Não são homens, são ratos. É chato quando o cara resolve que não quer mais. Mais chato ainda é esquecer de avisar disso. Deixar a garota lá, esperando ele voltar com o maço de cigarro que saiu para comprar.

Eles precisam fugir de mais uma mulher maluca que os persegue até o inferno. A vida não igual ao Louca Obsessão e, possivelmente, o cara não tem metade do charme do James Caan. Só porque nós puxamos conversa alguns dias depois, não singnifica que já planejamos todo o casamento ou fizemos montagem de como seriam nossos filhos. Isso também é um filme. Como é ridículo! O Daniel fala que mulheres têm auto-estima muito alta, por isso não entendem quando tomam um fora, para mim é o contrário: os caras acham que toda mulher com que saem vão se apaixonar perdidamente por eles e forçar um relacionamento sério. Às vezes, a gente só te acha legal, às vezes, a gente só quer sexo.


Ninguém é obrigado a querer nada com ninguém, as pessoas perdem o interesse, principalmente quando é algo casual. Acontece conosco também, deixa eu te contar. Porém, todo mundo merece uma satisfação e honestidade. Simplesmente diga que não rola mais e evite ser considerado um %#^&^*%.  Se não for sério, garanto que a maioria de nós vai virar as costas e ir embora, se for para ficar triste, é no nosso canto, porque não nos vemos no direito de cobrar mais. Claro, é difícil ser rejeitada, mas ser feita de boba é BEM pior.

Homens não dizem não porque gostam de equilibrar os pratinhos, mesmo quando estão na corda bamba. Fazem isso para sempre ter uma opção disponível, mas se a garota for esperta, não vai dar mais uma chance para o cara que a enrolou.


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Não, você não pode escolher

Acontece só comigo? Uma vez, em uma brincadeira de amigos, eu fiz uma lista de alguns predicados que um cara deveria ter para se relacionar comigo –não incluía nem aparência física nem extrato bancário. Vocês não precisam me julgar, porque eu sei que é bem estúpido, mas era uma brincadeira. Só. Algum tempo depois, quando eu nem lembrava mais da tal lista, esse cara apareceu, e ele era exatamente o que eu "esperava".

Ele tinha qualidades além das da lista e, além de tudo, estava sinceramente interessado em mim. Posso dizer seguramente que ninguém nunca me tratou com tanto cuidado como ele. Seria a história perfeita, e eu estava empolgada. Era o amorzinho tranquilo, finalmente!

Bem, era para ter dado certo.

Eu já devia saber. Assim como me apaixonei inexplicavelmente por aquele cara pouco bonito, pouco simpático e um tanto grosseiro, eu não me apaixonei pelo cara 'perfeito'. Gente! Eu não posso sair por aí com uma lista na mão, marcando xizinho de sim ou não ante cada item e eu também não posso fazer uma lista de pós e contras e assim decidir com quem eu quero ficar. Deixa eu compartilhar um coisa: simplesmente não podemos escolher por quem nos apaixonamos!!! DEAL BREAKER!

Claro, eu poderia ter ficado com 'o cara' -todo mundo acha que eu deveria. Não teria sido ruim. E eu fui tão bem cuidada! Mas, não! Seria morno e sem-graça. E mais: teria sido comodismo: ah, eu tenho um parceiro legal, que faz tudo que eu quero, melhor que ficar sozinha. Não teria honesta com ele e muito menos comigo.  E honestidade de sentimento, pessoal, é o primeiro passo para um relacionamento duradouro.

Temos de torcer para encontrar uma pessoa cheia de defeitos -talvez pouco bonita e pouco simpática (nunca grosseira)- que seja capaz de nos enxergar como somos e que, mesmo assim, que haja faísca, paixão e aquela vontade incontrolável de ficar junto. Mais difícil que encontrar quem goste da gente ou encontrar alguém para gostar, é exatamente que seja a mesma pessoa, que seja mútuo. E como é difícil...