sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Não, você não pode escolher

Acontece só comigo? Uma vez, em uma brincadeira de amigos, eu fiz uma lista de alguns predicados que um cara deveria ter para se relacionar comigo –não incluía nem aparência física nem extrato bancário. Vocês não precisam me julgar, porque eu sei que é bem estúpido, mas era uma brincadeira. Só. Algum tempo depois, quando eu nem lembrava mais da tal lista, esse cara apareceu, e ele era exatamente o que eu "esperava".

Ele tinha qualidades além das da lista e, além de tudo, estava sinceramente interessado em mim. Posso dizer seguramente que ninguém nunca me tratou com tanto cuidado como ele. Seria a história perfeita, e eu estava empolgada. Era o amorzinho tranquilo, finalmente!

Bem, era para ter dado certo.

Eu já devia saber. Assim como me apaixonei inexplicavelmente por aquele cara pouco bonito, pouco simpático e um tanto grosseiro, eu não me apaixonei pelo cara 'perfeito'. Gente! Eu não posso sair por aí com uma lista na mão, marcando xizinho de sim ou não ante cada item e eu também não posso fazer uma lista de pós e contras e assim decidir com quem eu quero ficar. Deixa eu compartilhar um coisa: simplesmente não podemos escolher por quem nos apaixonamos!!! DEAL BREAKER!

Claro, eu poderia ter ficado com 'o cara' -todo mundo acha que eu deveria. Não teria sido ruim. E eu fui tão bem cuidada! Mas, não! Seria morno e sem-graça. E mais: teria sido comodismo: ah, eu tenho um parceiro legal, que faz tudo que eu quero, melhor que ficar sozinha. Não teria honesta com ele e muito menos comigo.  E honestidade de sentimento, pessoal, é o primeiro passo para um relacionamento duradouro.

Temos de torcer para encontrar uma pessoa cheia de defeitos -talvez pouco bonita e pouco simpática (nunca grosseira)- que seja capaz de nos enxergar como somos e que, mesmo assim, que haja faísca, paixão e aquela vontade incontrolável de ficar junto. Mais difícil que encontrar quem goste da gente ou encontrar alguém para gostar, é exatamente que seja a mesma pessoa, que seja mútuo. E como é difícil...

 

2 comentários:

  1. Pra mim, tudo isso se resume ao velho conhecido "tipo certo de pessoa errada". :)

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  2. Me lembrou aquele filme Ruby Sparks, já viu? Um escritor começa a escrever sobre uma menina e ela se materializa na vida dele. Ela é tudo que ele sempre quis, e faz tudo o que ele escreve, faz tudo do jeito dele. E fica insuportável.

    Eu nunca me apaixonei por alguém que não tivesse defeitos graves.

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