quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Lições que deveríamos ter aprendido no ano passado


1- A gente não escolhe: ele pode ter o gosto completamente diferente do seu, dizer que Beatles é igual a Restart (!), envelopar o carro  (O_o), e, mesmo assim, você se apaixona. Ou ele pode ser o cara perfeito, desses que abre a porta do carro e ri das suas piadas, e não despertar seu interesse.

2- Gostar dói muito: dói fisicamente quando não se é correspondido. E não igual a uma enxaqueca ou a uma gripe, que nos dá o direito de não nos sentirmos bem, precisamos engolir o choro, como diria meu pai, segurar a lágrima para não borrar a maquiagem e fingir que está tudo bem. Do contrário, seremos julgados de tolos, sensíveis.

3- Todo mundo sofre de amor: talvez não na mesma proporção, mas é difícil lidar com rejeição. Você não está sozinha, vem cá para eu te dar um abraço.

4- Cada um entende o que quer: quando colocamos na cabeça que uma história faz sentido, que seria um relacionamento perfeito já que há tanto em comum, não conseguimos aceitar que a outra pessoa não vê da mesma forma. Daí insistimos, fazemos bobagens, temos reações exageradas e ciúmes descabidos

5- É possível desapegar, só não é fácil: você entendeu o que quis e sofreu, mas pode se educar para acabar logo com essa história.

6- As pessoas deviam se apaixonar mais: precisa explicar?

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Apenas diga não

Bom. O Daniel foi lá e escreveu o post "Ele não está tão a fim de você", no Amor de Homem, mas eu já falei especificamente sobre o cara não estar interessado (leia aqui) e não vou me repetir. Tem outro assunto abordado pelo Daniel que vale um comentário: "Homens não dizem não. Talvez é 'sim'. Sim é 'sim, quero muito'." Bem, segundo ele, a ausência de negativa se justifica pela possibilidade, em um tempo remoto ou em momento de alcoolismo, tornar-se viável. Ah! E isso vale para todo cara.

Vamos falar sobre o "não" que coloca um ponto final em qualquer caso, lance, arranjo, relacionamento. O "não" decorrente de um sim anterior, seja para um beijo, um encontro, um cinema, um motel. A gente sabe que homens têm certa dificuldade em terminar as coisas e que preferem ir sumindo aos poucos até a mulher não aguentar mais a situação. Não são homens, são ratos. É chato quando o cara resolve que não quer mais. Mais chato ainda é esquecer de avisar disso. Deixar a garota lá, esperando ele voltar com o maço de cigarro que saiu para comprar.

Eles precisam fugir de mais uma mulher maluca que os persegue até o inferno. A vida não igual ao Louca Obsessão e, possivelmente, o cara não tem metade do charme do James Caan. Só porque nós puxamos conversa alguns dias depois, não singnifica que já planejamos todo o casamento ou fizemos montagem de como seriam nossos filhos. Isso também é um filme. Como é ridículo! O Daniel fala que mulheres têm auto-estima muito alta, por isso não entendem quando tomam um fora, para mim é o contrário: os caras acham que toda mulher com que saem vão se apaixonar perdidamente por eles e forçar um relacionamento sério. Às vezes, a gente só te acha legal, às vezes, a gente só quer sexo.


Ninguém é obrigado a querer nada com ninguém, as pessoas perdem o interesse, principalmente quando é algo casual. Acontece conosco também, deixa eu te contar. Porém, todo mundo merece uma satisfação e honestidade. Simplesmente diga que não rola mais e evite ser considerado um %#^&^*%.  Se não for sério, garanto que a maioria de nós vai virar as costas e ir embora, se for para ficar triste, é no nosso canto, porque não nos vemos no direito de cobrar mais. Claro, é difícil ser rejeitada, mas ser feita de boba é BEM pior.

Homens não dizem não porque gostam de equilibrar os pratinhos, mesmo quando estão na corda bamba. Fazem isso para sempre ter uma opção disponível, mas se a garota for esperta, não vai dar mais uma chance para o cara que a enrolou.


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Não, você não pode escolher

Acontece só comigo? Uma vez, em uma brincadeira de amigos, eu fiz uma lista de alguns predicados que um cara deveria ter para se relacionar comigo –não incluía nem aparência física nem extrato bancário. Vocês não precisam me julgar, porque eu sei que é bem estúpido, mas era uma brincadeira. Só. Algum tempo depois, quando eu nem lembrava mais da tal lista, esse cara apareceu, e ele era exatamente o que eu "esperava".

Ele tinha qualidades além das da lista e, além de tudo, estava sinceramente interessado em mim. Posso dizer seguramente que ninguém nunca me tratou com tanto cuidado como ele. Seria a história perfeita, e eu estava empolgada. Era o amorzinho tranquilo, finalmente!

Bem, era para ter dado certo.

Eu já devia saber. Assim como me apaixonei inexplicavelmente por aquele cara pouco bonito, pouco simpático e um tanto grosseiro, eu não me apaixonei pelo cara 'perfeito'. Gente! Eu não posso sair por aí com uma lista na mão, marcando xizinho de sim ou não ante cada item e eu também não posso fazer uma lista de pós e contras e assim decidir com quem eu quero ficar. Deixa eu compartilhar um coisa: simplesmente não podemos escolher por quem nos apaixonamos!!! DEAL BREAKER!

Claro, eu poderia ter ficado com 'o cara' -todo mundo acha que eu deveria. Não teria sido ruim. E eu fui tão bem cuidada! Mas, não! Seria morno e sem-graça. E mais: teria sido comodismo: ah, eu tenho um parceiro legal, que faz tudo que eu quero, melhor que ficar sozinha. Não teria honesta com ele e muito menos comigo.  E honestidade de sentimento, pessoal, é o primeiro passo para um relacionamento duradouro.

Temos de torcer para encontrar uma pessoa cheia de defeitos -talvez pouco bonita e pouco simpática (nunca grosseira)- que seja capaz de nos enxergar como somos e que, mesmo assim, que haja faísca, paixão e aquela vontade incontrolável de ficar junto. Mais difícil que encontrar quem goste da gente ou encontrar alguém para gostar, é exatamente que seja a mesma pessoa, que seja mútuo. E como é difícil...

 

domingo, 19 de agosto de 2012

Na sua melhor personagem

Não domino a arte da conquista AT ALL. E, se com essa idade ainda não aprendi nada, não vislumbro um futuro promissor. Não sei como convencer um cara de que sou uma garota sensacional, não sei fazer com que ele se apaixone por mim. Pra falar a verdade, eu já desisti de tentar  achar a fórmula secreta (mas continuo acreditando que existe); é cansativo e todas as 'poções' que tomei não tiveram o efeito desejado.

Quando as coisas estão mais ou menos encaminhadas, a gente tende a se esforçar. Você começa a sair com alguém e quer que dê certo, então, usa duas táticas básicas: impressionar e agradar. ((SOM DE SIRENE TOCANDO)) Uhmmm, uma combinação muito perigosa. Impressionar, em geral, significa melhorar suas qualidades e, quiçá, fingir ter atributos que não tem -como entender regras de futebol. E agradar pode te tornar puxa-saco e chata.

Não acho que temos de tentar impressionar ninguém de forma alguma. Mesmo. A pessoa quer ou não estar com você por você, e isso vale para qualquer tipo de relacionamento. Se ele te chamou pra sair, já viu algo que chamou a atenção. As melhores pessoas são as reais, com suas incoerências. E pessoas reais não precisam concordar comigo o tempo todo ou me agradar a qualquer custo. Não mesmo. Dá a impressão de infantilidade e insegurança.

Eu não tenho dúvidas da efetividade desse plano em um primeiro momento. Por quanto tempo vai conseguir levar essa história? Uma hora começa a desmanchar. Até maquiagem a prova d'água borra com tempo... "Ah, ela não é a mulher por quem me apaixonei." CÊJURA? Não mesmo, não porque mudou, essa mulher nunca existiu.

Não dá para convencer alguém a te amar (e eu queria muito que houvesse, para ele ter me amado). Então não faz sentido criar uma personagem. O que eu aprendi com o John Mayer (aprendi muitas coisas com ele e com a canalhice dele) é que temos de ser exageradamente nós mesmos. Se as coisas não derem certo, melhor ter sido honesto com si próprio.

Sim, com o tempo no relacionamento, a gente aprende a ceder e se esforça para agradar ao outro. Mas fazemos isso porque temos um compromisso que prevê esse tipo de entrega mútua. Daí, tudo vale. Tudo.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Summer x Juno x Eu!?


Eu não sou uma garota normal. Primeiro que nem garota eu sou mais. Enfim, eu não sou uma mulher normal. Não por ser louca, embora também seja, mas no sentido de que há várias coisas muito legais a meu respeito que me garantem um 'jeito' único. Ok, eu não sou a Zooey Deschanel, a ordinary girl menos ordinary que Hollywood já viu; não tenho aqueles olhões claros, não sei cantar nem toco ukulele (ou qualquer outra coisa), não sei pintar as unhas sozinha como ela.

Com a maior modéstia, nunca achei que eu fosse lá uma garota 'normal', mas também nunca pensei 'nossa como sou sensacional'. Essa história começou com uma foto da Zooey -da Summer, na verdade- compartilhada por um amigo na minha timeline e que levava a esse post do Papo de Homem. Basicamente, uma listinha de personagens de filmes por quem os homens, ou só o Fred Fagundes, facilmente se apaixonariam na vida real. No post, o Fred fala que o legal é mulher de 'atitude', embora só tenha escolhido mulheres muito bonitas. Aham. Legal.

Ninguém pode ser mais eu mesma do que eu. Gostar das coisas da cultura pop de massa, de filmes de zumbis e de terror B, de rock'n'roll e funk carica, viagens, albergues e conforto, brigadeiros. Ser destemperada e fazer ioga. Sem ter vergonha de assumir. É esse monte de contradições que tornam as mulheres únicas, eu e tantas outras INTERESSANTÍSSIMAS que se tem por aí. Quem não tem gostos incompatíveis e conflitantes nunca vai ter a capacidade de surpreender. Eu não sou a Summer, a Penny Lane, a Juno ou a Charlotte, eu sou melhor que elas. Simplesmente porque eu sou REAL.

Mas o que se vê por aí não são homens atrás de atitude, mas de bonecas infláveis. Sei lá, vai ver é porque é mais fácil ficar com essas moças de fabricação em série, não exige muito esforço mudar para outra quando se é trocado. Ter alguém que não concorda com você o tempo todo dá trabalho. Você vai ter de pensar (ouch!). Talvez as mulheres tenham ficado cada vez mais parecidas pelo medo de serem diferentes e não serem aceitas. Os homens ficaram iguais também.

Só quero deixar claro que não é só playboy atrás da mulher plastificada, tem muito -MUITO- nerd por aí querendo um trófeu para exibir. Eu nunca serei um troféu. Vão dizer que nunca serei tão bonita ou tão magra para ser um, verdade verdadeira, e eu concordo. Mas eu não quero ser um objeto, por mais valioso que seja, assim como não quero ser uma fruta. Quero me achem bonita, sim, gostosa, sim, mas prefiro muito mais que me achem problemática, engraçada e única.

A música da minha plastificada preferida (eu gosto, gente!)