quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Prazer em não conhecê-lo...

"Você é diferente, é especial, única."  Ahhhhh! E ele ainda é bonitinho... Pronto. Bastam cinco minutinhos de charme e de conversa mole para se apaixonar e começar a desenhar coraçõezinhos com as iniciais de seus nomes em todo e qualquer pedaço de papel que aparece na sua frente.

O céu é mais azul; o Sol, mais brilhante; e a Lua está sempre cheia. Tudo ganha um filtro cor-de-rosa. Não precisa ser uma paixão dessas de enlouquecer -dessas de dormir, sonhar, acordar, comer, tomar banho pensando nele. Uma paixãozinha leve, mas que ao menos uma vez por dia você pense: "e se encontrá-lo?"

PARA TUDO AGORA.

Sério. Quem é esse homem pelo qual nos apaixonamos tão fácil? Você não o conhece. Ok, tem o charme, a pegada, o cheiro, blá, blá, blá... mas foram CINCO minutos. Que fossem dez minutos ou dois dias... Se ele não quiser, você não vai ficar sabendo quem ele é; ele também não está interessado em saber quem você, o interesse é outro.
 
Tá bom. Mesmo assim, coraçõezinhos continuam sendo desenhados em quaisquer pedaços de papel. Ele te engana, mente para você, inventa histórias. Pode fazer o que quiser, afinal, quem é ele? E você nem pode culpá-lo, pois, no fim das contas, não existe um relacionamento acontecendo (é, xuxu, é coisa da sua cabecinha).

Pior que se apaixonar por um total desconhecido é continuar apaixonada quando ele vira um canastrão, quando não dá mais para ignorar as falsas histórias dele. A única explicação para isso é que falta homem real e interessante nesse mundo. 
 
 
S2 S2 S2 S2 S2 S2 S2

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nem tudo que reluz é ouro

There's nothing where he used to lie
My conversation has run dry
That's what's going on
Nothing's fine
I'm torn

Gabi é um personagem fictício. Fictício mesmo, está na novela das sete, tomando overdose de calmantes por causa do Pedro. Antes dele, ela era virgem. A Gabi acreditou que o Pedro ia mudar porque estava apaixonado por ela. Pedro, claro, foi, é e sempre será um canalha. Nunca esteve apaixonado pela Gabi. Queridinha, um raio não cai duas vezes na mesma novela. E, nessa daí, já teve o personagem que se redimiu por causa da mocinha.

Gabi é um personagem fictício, mas podia ser real. “Ah, mas ela é uma trouxa”, disse uma amiga minha quando comentávamos a novela (é, a gente comenta da novela). Verdade, ela é trouxa, boba, ingênua, iludida. “Mas nós também não somos?”, indaguei. Ok, a gente está mais grandinha que a Gabi e não espera que todo cara seja o príncipe encantado ou que ligue no dia seguinte. Até porque nem sempre queremos isso.

Só que toda mulher, pelos menos a que leu contos de fada na infância e assistiu a Dawson’s Creek na adolescência, espera que aquele imprestável, lindo, sensual e que não vale nenhum centavo mude por sua causa. Quer dizer, a gente quer que ele mantenha a postura charmosa de menino mau, mas que seja o cara mais maravilhoso do mundo entre quatro paredes.Vamos combinar, que há poucos tipinhos da fauna masculina mais interessantes que o bad boy.

Vai lá pegar a faca de serrinha do rocambole da Pullman... Eu espero


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1) não estão a fim de você;

2) ele não vai mudar;

Então para ficar com um cara desses ou você tem de ser a pessoa mais desencanada do mundo ou tem de se conformar em ser capacho. E eu espero que você use a faca de serrinha só para cortar o rocambole.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Traz a conta?

A melhor forma de superar alguém é esse alguém estragando tudo. Tá bom que, na maioria das vezes, temos a impressão de quem estragou tudo fomos nós e fazemos de tudo para consertar a situação. Ok, devo confessar que no meu caso atual especificamente, eu só preciso superar uma paixonite aguda, não um relacionamento de vários anos com todas as implicações disso.

Então, se você está na mesma situação que eu, torça para ele (ou ela) pisar na bola feio. Talvez a pessoa nem perceba que está fazendo alguma coisa errada, mas é simplesmente uma opinião com a qual não é possível concordar. Apesar de todas as qualidades que fazem você pensar que pode passar o resto da sua vida com essa pessoa x, ela em um defeito, um único defeito, que não dá para superar. Não, não dá.

Mesmo se você for um caso perdido como eu (e a maioria das mulheres é) e fazer um esforço para acreditar que aquilo foi só um lapso de consciência da outra pessoa, a magia acabou. Parabéns, a partir de agora, você é uma (um) feliz proprietária (o) da sua própria vida... isso até se apaixonar de novo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Teresinha

O terceiro me chegou como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada também nada perguntou
Mal sei como ele se chama mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama e me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não
Se instalou feito posseiro, dentro do meu coração

Mulheres têm muitos homens na sua vida, não estou falando pai, irmão, tio, avô. Talvez de primos (rs). Mulheres têm muitos tipos de homens como opção. E na verdade é isso que explica por que muitas estão solteiras.

Tem o cara apaixonado, aquele que faz com que você se sinta a mulher mais especial, fantástica e fabulosa do mundo. Parece até que o mundo gira em torno do seu umbigo. E ele é uma graça, e é legal, e é inteligente. E todas as suas amigas querem ter alguém como ele apaixonado por elas. E você quer tem alguém como ele ao seu lado. Uow.

Tem o que não é exatamente romântico, mas é gentil. Sabe te agradar. Ele gosta de você, e é bom ficar com ele. É pele. Ele está sempre por ali, disponível. Ok, talvez ele também esteja disponível para outras, mas te engana bem (ou você se engana). É divertido passar tempo com ele, mas às vezes enjoa.

Tem o cara que você conheceu por acaso. Ele nem deveria estar na sua vida. É, sei lá, uma aventura? Vocês ficaram algumas vezes, conversam, mas não sabem nada um sobre o outro. Poderia dizer que ele não presta, mas também nunca te enganou, ele só quer sexo.


Então, você se tranca no banheiro escuro, pede conselhos para seu travesseiro. Quer se convencer de que gosta mesmo daquele primeiro cara, por que motivos não seria ele? O mundo seria mais cor-de-rosa, com nuvenzinhas de algodão-doce. Não adianta. Você não consegue corresponder. E, como é duro partir um coração.

O travesseiro vira seu inimigo. Insone, você vira de um lado pro outro na cama. Raios, cair exatamente por aquele que nunca vai corresponder ao que quer ser sério? É. O terceiro não te deu a mão, mas você não consegue tirá-lo da sua cabeça. Sabe que só tem contras, que nunca vai dar certo. E é isso que acontece, e alguém me explica como resolve?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

É só um filme

The chance factor in life is mind-boggling. You entered the world by a random event somewhere along the Mississippi. l, having emerged through the conjoining of Sam and Yetta Yellnikoff in the Bronx, decades earlier. And through an astronomical concatenation of circumstances, our paths cross. Two runaways in the vast, black, unspeakably violent and indifferent universe.

Love, despite what they tell you, does not conquer all, nor does it even usually last. In the end the romantic aspirations of our youth are reduced to, whatever works.

That's why I can't say enough times, whatever love you can get and give, whatever happiness you can filch or provide, every temporary measure of grace, whatever works. And don't kid yourself. Because its by no means up to your own human ingenuity. A bigger part of your existence is luck, than you'd like to admit. Christ, you know the odds of your fathers one sperm from the billions, finding the single egg that made you. Don't think about it, you'll have a panic attack.

Whatever Works, do Woody Allen, foi traduzido para Tudo Pode Dar Certo, mas não é bem assim. Na verdade, é bem o contrário. Nada pode dar certo, por isso devemos tentar seja lá o que funcione. Mas eu não estou aqui para fazer crítica de filme. É um filme que todo mundo tem de ver e ponto final (rs).

Um relacionamento não funciona só porque você ama seu parceiro, mesmo que ele te ame de volta. Ou talvez, você possa ter um bom relacionamento, um relacionamento estável, um relacionamento em que queria estar sem necessariamente amar a pessoa. Ou então pode estar em mais de um relacionamento estável ao mesmo tempo amando todo mundo. É. O que quer que funcione para você. Pior é se ater às convenções e ficar sozinha (o).

Será que a gente cede o tanto que pode ou será que sempre erra na medida? Ou para mais ou para menos. Claro que nem tudo funciona. Será que não estamos preocupados demais em encontrar algo que nem sabemos se existe? Ou, mesmo que o amor exista, estamos preocupados em encontrar algo que não sabemos identificar. Para fucionar também precisamos de sorte, certo, Boris?

Just because she likes the same bizzaro crap you do doesn't mean she's your soul mate.

Autoritariamente, todo mundo também tem de assistir a 500 Days of Summer (500 Dias com Ela). Além de ter uma construção genial, faz a gente pensar sobre as expectativas que colocamos nas pessoas, exigindo ser correspondido da mesma forma. Em geral estamos equivocados sobre as pessoas que escolhemos para nós. É, porque a gente escolhe, escolhe e acaba inventando. Vendo uma realidade que só existe para nós. Já que cada um entende o que quer entender. Daí todo mundo acaba tendo o coração partido por alguém. Seus amigos tentam ajudar, seus irmãos tentam ajudar, mas você quebra pratos, apaga tudo, tira as fotos da parede, chora, se descabela, escuta músicas de fossa. Depois começa tudo de novo até partir o coração (o seu ou da outra pessoa) de novo.