domingo, 19 de agosto de 2012

Na sua melhor personagem

Não domino a arte da conquista AT ALL. E, se com essa idade ainda não aprendi nada, não vislumbro um futuro promissor. Não sei como convencer um cara de que sou uma garota sensacional, não sei fazer com que ele se apaixone por mim. Pra falar a verdade, eu já desisti de tentar  achar a fórmula secreta (mas continuo acreditando que existe); é cansativo e todas as 'poções' que tomei não tiveram o efeito desejado.

Quando as coisas estão mais ou menos encaminhadas, a gente tende a se esforçar. Você começa a sair com alguém e quer que dê certo, então, usa duas táticas básicas: impressionar e agradar. ((SOM DE SIRENE TOCANDO)) Uhmmm, uma combinação muito perigosa. Impressionar, em geral, significa melhorar suas qualidades e, quiçá, fingir ter atributos que não tem -como entender regras de futebol. E agradar pode te tornar puxa-saco e chata.

Não acho que temos de tentar impressionar ninguém de forma alguma. Mesmo. A pessoa quer ou não estar com você por você, e isso vale para qualquer tipo de relacionamento. Se ele te chamou pra sair, já viu algo que chamou a atenção. As melhores pessoas são as reais, com suas incoerências. E pessoas reais não precisam concordar comigo o tempo todo ou me agradar a qualquer custo. Não mesmo. Dá a impressão de infantilidade e insegurança.

Eu não tenho dúvidas da efetividade desse plano em um primeiro momento. Por quanto tempo vai conseguir levar essa história? Uma hora começa a desmanchar. Até maquiagem a prova d'água borra com tempo... "Ah, ela não é a mulher por quem me apaixonei." CÊJURA? Não mesmo, não porque mudou, essa mulher nunca existiu.

Não dá para convencer alguém a te amar (e eu queria muito que houvesse, para ele ter me amado). Então não faz sentido criar uma personagem. O que eu aprendi com o John Mayer (aprendi muitas coisas com ele e com a canalhice dele) é que temos de ser exageradamente nós mesmos. Se as coisas não derem certo, melhor ter sido honesto com si próprio.

Sim, com o tempo no relacionamento, a gente aprende a ceder e se esforça para agradar ao outro. Mas fazemos isso porque temos um compromisso que prevê esse tipo de entrega mútua. Daí, tudo vale. Tudo.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Summer x Juno x Eu!?


Eu não sou uma garota normal. Primeiro que nem garota eu sou mais. Enfim, eu não sou uma mulher normal. Não por ser louca, embora também seja, mas no sentido de que há várias coisas muito legais a meu respeito que me garantem um 'jeito' único. Ok, eu não sou a Zooey Deschanel, a ordinary girl menos ordinary que Hollywood já viu; não tenho aqueles olhões claros, não sei cantar nem toco ukulele (ou qualquer outra coisa), não sei pintar as unhas sozinha como ela.

Com a maior modéstia, nunca achei que eu fosse lá uma garota 'normal', mas também nunca pensei 'nossa como sou sensacional'. Essa história começou com uma foto da Zooey -da Summer, na verdade- compartilhada por um amigo na minha timeline e que levava a esse post do Papo de Homem. Basicamente, uma listinha de personagens de filmes por quem os homens, ou só o Fred Fagundes, facilmente se apaixonariam na vida real. No post, o Fred fala que o legal é mulher de 'atitude', embora só tenha escolhido mulheres muito bonitas. Aham. Legal.

Ninguém pode ser mais eu mesma do que eu. Gostar das coisas da cultura pop de massa, de filmes de zumbis e de terror B, de rock'n'roll e funk carica, viagens, albergues e conforto, brigadeiros. Ser destemperada e fazer ioga. Sem ter vergonha de assumir. É esse monte de contradições que tornam as mulheres únicas, eu e tantas outras INTERESSANTÍSSIMAS que se tem por aí. Quem não tem gostos incompatíveis e conflitantes nunca vai ter a capacidade de surpreender. Eu não sou a Summer, a Penny Lane, a Juno ou a Charlotte, eu sou melhor que elas. Simplesmente porque eu sou REAL.

Mas o que se vê por aí não são homens atrás de atitude, mas de bonecas infláveis. Sei lá, vai ver é porque é mais fácil ficar com essas moças de fabricação em série, não exige muito esforço mudar para outra quando se é trocado. Ter alguém que não concorda com você o tempo todo dá trabalho. Você vai ter de pensar (ouch!). Talvez as mulheres tenham ficado cada vez mais parecidas pelo medo de serem diferentes e não serem aceitas. Os homens ficaram iguais também.

Só quero deixar claro que não é só playboy atrás da mulher plastificada, tem muito -MUITO- nerd por aí querendo um trófeu para exibir. Eu nunca serei um troféu. Vão dizer que nunca serei tão bonita ou tão magra para ser um, verdade verdadeira, e eu concordo. Mas eu não quero ser um objeto, por mais valioso que seja, assim como não quero ser uma fruta. Quero me achem bonita, sim, gostosa, sim, mas prefiro muito mais que me achem problemática, engraçada e única.

A música da minha plastificada preferida (eu gosto, gente!)

terça-feira, 17 de julho de 2012

Só um pouquinho de romance

Eu realmente não me importo se tava na cara que um era viral. Tá, a Fernanda não existe. Quer dizer, não a Fernanda que a gente queria que existisse. Menos ainda o Daniel. Talvez as pessoas tenham compartilhado, assim como eu compartilhei o 'perdi meu amor na balada', por a ideia do amor romântico ser um desejo próximo ou talvez porque queriam alertar a Fernanda de que era melhor ela fugir, que o Daniel é louco.

Me perguntaram: e se você fosse a Fernanda o que ia achar? Isso não tem uma resposta, poderia considerar Daniel um louco e correr para a delegacia mais próxima para impedir que ele chegasse perto de mim ou poderia me derreter. A pergunta é: eu também me apaixonei por ele? É isso que muda tudo, bota o filtro cor-de-rosa que transforma as coisas mais bobas em 'uón' e outras onomatopeias.

A gente fica mesmo abobalhado quando se apaixona. Ok, ninguém precisa sair por aí fazendo loucuras de amor, mas nem por isso precisa desacreditar no romance. Se você nunca fez uma cartinha de amor, se nunca se declarou e se expôs um pouquinho que seja, você é que precisa de ajuda. Serião.

Ok, temo o linchamento agora.

domingo, 15 de julho de 2012

Sem controle

Possivelmente um dos maiores problemas de relacionamentos é querer ser dono do outro. Achar que a pessoa está na sua gaveta, querer botar coleira, cabresto. Ninguém é nossa propriedade, e nós não somos propriedade de ninguém. Ok, há de se desconfiar de alguém que não sente lá um ciuminho que seja. mas isso é bem diferente de querer controlar a vida alheia.

Eu não entendo lá disso, mas amor não é uma coisa que pode ser forçada, empurrada, não acontece sob pressão. A beleza de um relacionamento (saudável) é ter alguém do seu lado por vontade própria e sem justificativas, apenas com a certeza de que aquilo faz sentido naquele momento. Olha que legal: tem alguém aí louco o suficiente para querer estar com você! Ficar com alguém que não te quer faz dois infelizes.


Agora uma coisa nessa história é importante: honestidade. Deixe claro o que sente para não ser cobrado pelo que não pode entregar. Já parou para pensar que às vezes a gente também se deixa sufocar? Ser honesto não é ser fiel, tem a ver com sentimento e expectativa. Tem a ver com cuidar para que um não machuque muito o outro, já que sair ileso é meio impossível. Relacionamentos pressupõem confiança, é melhor ficar sozinha do que ser atormedada...


segunda-feira, 21 de maio de 2012

"...já me deu tantos motivos pra te detestar"

Ano passado eu perguntei: "Quantas vezes a gente tem de quebrar a cara ou quantos foras a gente tem de tomar da mesma pessoa para entender que não, não vai rolar?" Não estou falando das paixões fugazes às quais dediquei os últimos posts, mas de quando a gente pensa que encontrou alguém com quem realmente faz sentido. O que eu aprendi é que, na maioria das vezes, a gente entende sim que não vai rolar, mas daí a deixar de gostar é outra história.

Sabe como é difícil achar alguém para gostar, caramba (comigo acontece tipo uma vez a cada década)? Sabe? É. E daí que agora eu preciso parar de gostar? Uhum. No fim das contas, cada um tem seu tempo para esquecer, que tem a ver com o tanto que a gente se entregou. Mas pensa nisso: não vale à pena perder tempo com quem não está perdendo nem um segundo pensando em você. Doeu? Que bom (e eu estou falando isso com cara de satisfação).

Desapegar exige disposição -MUITA DISPOSIÇÃO. Tem de apagar vestígios do cara, como o número do telefone e as mensagens trocadas, e deixar de obcecar (quem procura acha, acha o que não quer saber). É preciso controlar a vontade de ligar e racionalmente não pensar mais nele. Aos poucos, você colocando outras prioridades do lugar dele, mas para isso é preciso sair da zona de conforto (como é que alguém pode ficar confortável sofrendo?).

Eu diria que esse é o método homeopático de superação.

Bom mesmo é quando você pega preguiça do cara. Ai, superar é fácil e não tem volta. É um estalo. O chacoalhão que faltava. Você só precisava de mais uma demonstração do egoísmo dele. A reação a isso é ânsia, não é sofrimento. A preguiça é tanta que dá ZZZZZZ...