quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pequena fábrica de mulheres (ou circo dos horrores)

Desde o início deste blog tão pouco atualizado,  sou uma mulher solteira. Aliás,  desde antes de sua criação.  Se perguntarem o motivo, não sei. Talvez seja exigente demais, talvez não esteja tao aberta para os "partidos" que aparecem, talvez tenha escolhido me envolver e gostar dos caras errados (talvez não,  com certeza).  Uma coisa é fato: eu não domino a arte da conquista -e não é primeira vez que eu assumo isso. É evidente que nem sempre sou feliz solteira, vamos ser honestas, também não é o fim do mundo, né?
Não sou durona nem bem resolvida. É bem o contrário, e o mais importante: eu não quero passar a vida sozinha. Mas parece que há mocinhas de todas as idades em situação pior. Elas estão desesperadas, mas tão desperadas que a única salvação é se tornar uma "mulher magnética". Se não sabem do que estou falando, recomendo que leiam as reportagens da TPM e da Folha e, por favor, entre em choque.
Eu sei, dá preguiça. Tudo bem, faço um resumo: há uma psicóloga em São Paulo que promete transformar mulheres naquilo que os homens buscam. Uma Amélia, dependente, que, quando não está no salto, anda nas pontas dos pés,  não fala diretamente com o garçom nem conversa sobre trabalho, ah, e carrega uma calcinha sexy na bolsa. Um grande desfile de absurdos e machismos.
Não bastasse isso, a Time publicou uma reportagem sobre uma nova técnica de emagrecimento que é sucesso na Venezuela. O procedimento, nada confortável,  consiste em COSTURAR uma espécie de atadura na LÍNGUA de forma a tornar insuportável a ingestão de alimentos sólidos. Dieta líquida por um mês,  dor por um mês, quilos e quilos a menos.  A que custo? Por quê? Muitas dizem que não há saída,  precisam mudar o corpo ou ficarão sozinhas.
Eu sempre lembro do Boris nessas horas.
- O horror. O horror. O horror.
Apenas parem. O que querem ser? O que querem se tornar? Acéfalas bonecas infláveis? Se esconder atrás de uma máscara de maquiagem e dentro de uma fantasia que não lhes cabe? Ser pra sempre outra pessoa? Ninguém resiste a isso muito tempo. Posso não saber o que homens querem, mas prefiro acreditar que os que realmente interessam não buscam uma mulher que saiu da produção em massa. O divertido é ser única, com todas as personagens que vêm junto!
Eu já pensei em abandonar o batom vermelho por certo gordinho semidébil, eu poderia viver com cor de boca se e isso o fizesse ficar comigo. Ainda bem que desisti da ideia, ele nao valia qualquer esforço.  Uma coisa é ceder por alguém que gosta de você na mesma intensidade e com o mesmo cuidado, relacionamentos têm dessas coisas, desde que a gente não perca a essência. Bem diferente é ser outra pessoa só para tentar conquistar alguém.
Acho que precisamos ser vaidosas e se preocupar com a saúde. Acho que se arrumar um pouco faz bem para a gente e que será bom não ter um infarto aos 30 anos. Mas também acredito que há mais, que uma boa conversa e senso de humor são fundamentais. Todo mundo pode ser um pouco melhor. Mas a motivação para isso deve ser simplestemente estar bem consigo mesmo. Só isso. Faça apenas o que te faz bem, tá?

2 comentários:

  1. Olá :)

    As vezes dá uma preguicinha de postar, é normal rsrsrs.
    Boneca inflável? kkk, não não! =P

    Aguardo sua visita ^^

    Beijos =*

    Girl Supimpa

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  2. A "arte da conquista" existe? Eu também pensei por muito tempo que eu não a dominava, até que cheguei à conclusão de que ela não existe. O que existe é não ser um babaca, e tentar ver as coisas pelo ponto de vista do outro e antecipar as expectativas.
    Cada pessoa é diferente e não existe uma fórmula que agrade todo mundo. Essas dicas, por exemplo, pra mim são ridículas:

    1: as mulheres (...) não devem falar com o garçom durante um jantar romântico;
    2: homens reparam se a pedicure está em dia;
    3: é proibido comer muito em um primeiro encontro;

    1. Oi?
    2. Homens não reparam nem quando você corta o cabelo, vão reparar nas unhas dos pés?
    3. Eu acho o máximo que a minha namorada goste tanto de comer (e de cozinhar) quanto eu.

    Enfim, a arte da conquista é uma grande bullshit pra vender livro de auto-ajuda.

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