sexta-feira, 12 de março de 2010

Quem brinca com fogo acaba se queimando

Numa dessas conversas filosóficas em torno da mesa de bar, ficou acertado que a gente escolhe as pessoas com quem queremos conviver por causa dos seus defeitos, nós as amamos por suas qualidades, mas elas ficam em nossas vidas porque somos capazes de aguentar seus defeitos.

Mas a teoria que sempre trouxe como verdadeira para minha vida desmorona quando eu deito a cabeça no travesseiro, faço a contas e concluo que olhos azuis tem mais contras do que prós. Porque no outro dia eu acordo e, se sei que vou encontrar com ele, tento ficar bonita. E, se encontro com ele, fico besta.

Talvez seja porque eu não amo olhos azuis ou porque não quero ter uma vida ao seu lado. Dois fatos verdadeiros, já que não sou louca ao ponto de fazer planos de casamento com ninguém, nem com quem fiquei por quatro anos eu fiz.

Mesmo assim, acho que sinto o que uma pessoa apaixonada sente (em grau moderado, porque eu sei que vou quebrar a cara), e não dá para racionalizar com isso ou, pelo menos, não dá para racionalizar tanto quanto gostaria. Por mais que os contras sejam tantos, eu sigo refazendo os cálculos até conseguir demonstrar que a reação exotérmica do azul com o marrom gera combustão e que, quando as quantidades de combustível e comburente são adequadas, essa combustão é completa. Daí, é fogo. E quem não quer se queimar?

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Ele não sabe se vestir, não sabe dançar, nem é tão bonito assim, é desengonçado, não é tão simpático, bebe café demais. Olhos azuis que não veem os meus castanhos, que não me encaram, que nem sequer me dirigem a palavra. Olhos azuis que desviam de mim.

Tolo. Não pense que eu quero tanto assim. Não quero. Eu simplesmente não aceito a idéia de você não me querer.






Em tempo, eu não sou a única pessoa contando suas desventuras amorosas, visite os amigos do Casos aos Montes também!

Um comentário:

  1. "Tolo. Não pense que eu quero tanto assim. Não quero. Eu simplesmente não aceito a idéia de você não me querer."

    Perfeito! Entendo perfeitamente o que você quer dizer... No fundo, somos todos iguais...

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