quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Compras do mês

Danço eu, dança você, na dança da solidão. Deixa-me ser seu par, então.


Estar carente e ganhar um abraço é igual estar com fome e ir ao supermercado, você acaba achando que precisa do que não precisa. Daí, qualquer parafuso achado no chão que você ganha vira aquela peça solta que você perdeu e que é sua e, por isso, te completa, te conserta direitinho. Qualquer um pode ser aquele, qualquer pastel de vento mata a sua fome.

domingo, 13 de setembro de 2009

so i'm basically your average teenage girl; my hair never goes the way i want it to go. my room can't stay clean for more than one day & there is this guy i'm absolutely crazy about

terça-feira, 25 de agosto de 2009

eles também entendem o que querem entender

Oras, se fizeram um livro para mulheres chamado "He's is just not that into you", que depois virou um filme, que todas as mulheres do mundo foram assistir esperando entender melhor o mudinho deles, eu acho que alguém devia ensinar algumas coisinhas bem simples sobre mulheres para eles também.

Todo homem, quero dizer todo homem mesmo, tem a mania de achar que a mulher tá dando mole quando ela é simpática. Não vou me ater muito nisso, porque todo mundo sabe que não é assim. Agora, o que todo homem e os amigos dele acham é que quando uma mulher tá dando mole ela está apaixonada.

Deus do céu, tem coisa mais machista que isso? Amigo, do mesmo jeito que você só quer passar seu tempo com a gente, algumas vezes, as mulheres só querem perder o tempo dela com alguns homens. Não precisa ficar com medinho de ter um louca atrás de você, porque, acredite, a maioria de nós não é louca e não está apaixonada por você. E, Frank, I'm so NOT IN LOVE WITH YOU.

Don't let me down

No segundo ano de faculdade eu ainda acreditava que podia mudar o mundo, passava tarde inteiras nas reuniões intermináveis do C.A. que só serviam para gente decidir quando ia ser a próxima cervejada (e era hilário, porque teoricamente não se podia fazer cervejadas dentro da faculdade, e a gente tinha de entrar com as bebidas dentro da mochila, fazendo várias viagens). Ele também fazia parte do C.A., mas cursava comunicação em multimeios (nem adianta perguntar o que faz alguém quem faz comunicação em multimeios, porque eu não sei). Ele era superdescolado, black power, piercing na língua, óculos escuros, DJ.

Eu o achava um charme, e tinha comentado com as minhas amigas que ia sair com ele. Só não achei que ele fosse sair comigo. Por algum motivo que nem os deuses conseguem entender, sem que eu fizesse nada, ele me achou interessante. Acho que achava "bonitinho" (avedeus) o meu jeito de boa menina, meio nerd, meio ingênua
.

Daí que eu quase estraguei tudo, em um episódio juvenil, mas uma noite depois da aula de francês, ele ficou me esperando. Bom o resto vocês sabem, e eu não vou contar.
A verdade é que como todos os homens de 20 e poucos anos, ele queria galinhar. E eu achei que tudo bem, porque meu a gente não era nada mesmo. Mas eu surtei quando vi de dentro do ônibus (LOUCA, eu sei) ele com outra garota. Eu nunca achei que essa história fosse dar em nada, mas, sei lá, meninas acreditam em contos de fadas.

Muitos anos depois, bem saímos de novo e foi tão legal quanto antes. Mas timing nunca foi com a gente, e não era aquele o momento de novo. Estar carente como eu estava não é a melhor hora para ter um caso legal com alguém que tem outra pessoa. Porque carente a gente acha que vai se apaixonar por qualquer um que te der um abraço. Além disso, eu gosto muito dele (não nesse sentido que suas cabecinhas bestas estão pensando), mas não sei se saberia viver com os defeitos. Quem sabe daqui outros cinco anos?

E "Don't let me down" era a música que ele tocava no Juca. Não era para mim, mas toda vez que eu escuto, eu lembro dele. :)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Eu acordo todos os dias torcendo para que esse seja o dia em que vá me apaixonar. Já faz tanto tempo que às vezes eu me pergunto se vou saber que estou apaixonada quando (e se) me apaixonar de novo. Eu não sinto muita falta da minha adolescência, que foi cheia de momentos vergonhosos como a de qualquer adolescente, mas sinto falta daquele monte de sentimentos misturados, da rapidez com que eu me apaixonava e da facilidade em deixar de gostar de alguém. E eram tantas as opções, nossa, e era tanta coragem para dizer "ei, eu gosto de você" e maior ainda a coragem para aceitar um não. Era fácil, simples, eu não precisava fazer muito planos.

Borboletas no estômago, nó na garganta, corações no meio das equações inexatas, iniciais dos nossos nomes no rodapé da página, bilhetinhos, risadinhas, matinês, cineminha, dança-da-vassoura! Tudo era tão complicado e tão simples.