terça-feira, 20 de agosto de 2013

Por que você não desaparece?

Entrei no restaurante lotado, vasculhei o salão com os olhos em busca de um lugar, lá no fundo, eu o encontrei sentado em uma mesa grande. Aquela era a primeira vez que o via desde que resolvi parar de encontrar com ele voluntariamente. Foi como tomar um soco na boca do estômago. Fiquei sem ar, entrei em pânico. Depois de todo aquele tempo, ele ainda tinha efeito sobre mim.

Não devia ter sido assim. Quem deveria ter saído envergonhado do restaurante era ele. Tem gente que sente orgulho de partir coração alheio. Nunca deve ter sentindo palpitações só de estar ao lado de quem  se gosta. Ele me dava palpitações e eu lhe dava todas as chances de ser um homem decente. Ele nunca foi.

Nos meses seguintes, nos cruzamos incontáveis vezes. Eu virei rosto e me neguei a responder as mensagens. "Por que ainda tem meu telefone? Não namora? O que tem para me dizer e não disse em todas as oportunidades? O que tem para me mostrar? Pare." - pensava.

Resignação. Um dia passou. Ele virou um qualquer um -um cara que merece exatamente aquilo que recebe. Você percebe que a história que criou na sua cabeça não faz sentido algum. Difícil até entender o que me levou a insistir tanto nele. Acho que é aquele desejo incontrolável de acreditar que pode dar certo. Não sei se amor existe, mas resignação, sim. E, posso falar? É muito bom.


Um comentário:

  1. E ainda bem que existe um dia após o outro pra gente se livrar de quem não merece... GRAZADEUS!

    =D

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