segunda-feira, 6 de junho de 2011

Paulo Felipe

Inspirada pelos dois últimos posts da Leonor Macedo no TPM Eneaotil sobre primeiros amores e cartas de amor. Ok, o propósito dos delas é totalmente diferente deste aqui, mas ainda assim, a ideia partiu daí. E se você ainda não conhece o blog dela, deveria...

Lembrei do Paulo Felipe, e eu não vou trocar o nome porque tenho certeza de que Paulo Felipe não se importaria. Ele não foi exatamente meu primeiro namoradinho de infância (aparentemente eu era uma piriguete no maternal), mas foi meu primeiro amor. Paulo Felipe, você marcou a minha vida! #prontofalei

Isso é mais ou menos o que me lembro: eu estava no pré, no Colégio São Paulo, e a professora, a tia Nádia, tinha uma assistente, a Liliane (?). O Paulo Felipe era irmão mais novo da Liliane e devia estar tipo na segunda série. E Paulo Felipe gostou de mim. Vai entender. Mas gostou. E era tão fofo, ele escrevia as cartas de amor mais lindas do mundo, e as meninas da sala todas ficavam em volta de mim para ler. E eu escrevia as melhores cartas de amor que podia, considerando que nem devia saber o alfabeto inteiro com seis anos. Mas tinha colagens, desenhos, corações, cheiro de algodão-doce. Ah!

Era um amor por correspondência. De trocas de olhares. A gente era tímido. E nosso relacionamento durou até eu estar na segunda série. Um dia, numa festinha de carnaval, ele, vestido de batman, veio atrás de mim no escorregador, fez um "psiu" e disse: "você está linda hoje". Depois saiu correndo. Poucas vezes acho que fui tão linda em toda a minha vida.

Depois claro que ele me trocou, por alguém da idade dele, e claro que eu fui a última a saber. Nem assim para Paulo Felipe deixar de ser meu grande amor de infância.

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